Procurador-geral do estado de São Paulo e Raabes
As sobreviventes merecem apoio
Dr.Sergio Turra,Marilene, Dep.Gilmaci,Ana,Dra.Talita,Dr.Mario Rosa, Carlinda e Débora
Com o objetivo de ajudar as vítimas que sofrem violência doméstica, o projeto Raabe visita o procurador de justiça Mario Fernando Elias Rosa com carreira no Ministério Público, há 25 anos procurador-geral de gestão, junto estava Sérgio Turra Sobrane, promotor de Justiça da Cidadania da Capital que acompanhou a conversa.
O procurador-geral é Chefe do Ministério público estadual, responsável pelas ações de improbidade administrativa contra o governo e responsável pelas ações criminais contra deputados e prefeitos.
Segundo Márcio Fernando, em abril o MP criou núcleos de apoio e atuação com procuradores de justiça para a aplicação da Lei Maria da Penha em São Paulo.
O líder do PRB da Assembleia Legislativa, deputado Gilmaci Santos, acompanhou as voluntárias do Projeto entregando, primeiramente, o livro do Bispo Edir Macedo “ Nada a Perder”, passando a palavra à Carlinda onde entregou o release institucional do Projeto Raabe, dizendo: da teoria se passa a uma ação prática, buscam as vítimas nas delegacias convidam ao projeto e oferecem um suporte profissional e espiritual, um caminho que desperta a esperança, já que a agressão as diminui e humilha o seu valor dentro do lar.
O procurador é gentil e muito simpático; diz que projetos assim fazem a diferença e valorizam a família, já que é visível na sociedade a violência doméstica e familiar. Ele acredita no papel de articulação e parceria com a sociedade e deixou as portas abertas.
Falou também de um centro de apoio onde podemos visitar, dirigido por promotoras que dão assistência às vitimas. Ele não acredita em ação individual; o Projeto resulta da ação de todos nós; o mais decisivo papel da Procuradoria-Geral de Justiça sempre será o de atuar em comunhão com todos.Um aprendizado, pois também assim acreditamos na força de Deus e, em parceira e união, vamos alcançar uma sociedade menos agressiva buscando sempre combater o bom combate.
Projeto Raabe com a primeira dama do estado
Dona Lu Alckimin, generosamente, recebe no Palácio dos Bandeirantes as voluntárias do projeto Raabe e conversam sobre a violência doméstica e familiar.
Revelou-se uma mulher meiga, palavras sinceras, muito solidária. Acredita na capacidade transformadora do ser humano.
Atentamente ouviu cada palavra mencionada por Carlinda, onde apresentou o projeto na íntegra. Néia mostrou as dificuldades das delegacias onde, semanalmente, se fazem visitas às vítimas. Sentiu-se honrada pela iniciativa do projeto e acolhimento às mulheres que sofrem a violência. Abriu as portas dos cursos de capacitação para incentivar as sobreviventes do Projeto Raabe, onde, dentro do palácio, já existem em benefícios a pessoas menos favorecidas. Padaria Artesanal, escola de qualificação: Moda, beleza e construção civil.
Ficou feliz em receber o Livro da Mulher V da autora Cristiane Cardoso e idealizadora do Projeto. Disse que gosta muito ler.
Também Carlinda entregou o “Flor de Jabuticaba” (poesias), de sua autoria, e agradeceu o carinho com que recebeu o Projeto Raabe. Colocou-se, também, à disposição, pois ela nos informou que iria passar as professoras, para apresentar o Raabe caso tenha alguma vítima precisando desse apoio, já que duas vezes ao mês, no Brás, acontecem reuniões em favor dessa causa.
Em seguida fomos falar com Rosemary Corrêa, (Delegada Rose) que é subsecretária de assuntos parlamentares, muito simpática ficou encantada e disse: Contem com nosso apoio e já estão convidadas a palestras referentes à violência doméstica.
O deputado Gilmaci Santos acompanhado de sua esposa Ana, que também é voluntaria do projeto Raabe, acolheu o projeto na assembleia legislativa e marcou esse encontro para fortalecer e abrir portas em ajuda a toda ação que o Raabe vem desenvolvendo para beneficiar as mulheres sobreviventes que participam rompendo o silêncio.
APRESENTADORA LUCIA AMARAL COM RAABES
Uma tarde de entrevista e esclarecimento para as ouvintes referente à Lei Maria da Penha no programa “Mulher em Dia” AM 1000, radio Record (semanal) apresentado pela segura voz de Lucia Amaral.
Carlinda (Coordenadora do Projeto Raabe) levou conhecimento e ajuda a mulheres que sofrem agressão passando experiências e o cuidado que tem tido com esse delicado tema.
Ouvintes chamaram por telefone e ao vivo debateram algumas questões onde elas afirmam, a lei existe, mas a realidade é que quando chegam à delegacia da mulher, esquece-se de pedir representação criminal, uma porque não sabem outras porque voltam atrás. Outras porque se cansam de esperar e perdem a paciência, pois são varias mulheres esperando o atendimento.
Nas reuniões do projeto Raabe elas recebem do corpo profissional ajuda necessária para esclarecer, e de alguma forma animar-se para seguir no caminho certo e quando chegar a uma delegacia já está capacitada para dar continuidade à decisão que escolheu.
Todo processo leva seu tempo, mas a determinação é tudo, é quando as portas que as recebem duas vezes ao mês previnem, educa, emprestam seus ouvidos e abraça a sua causa mostrando historias de superações e fazendo essas mulheres entender que elas não estão sozinhas nessa batalha.
Lucia, muito gentil abriu esse espaço e muito contribuiu no programa que ela dirige, toda semana com sua doçura e animação trata de muitos temas que tem ajudado a muitos ouvintes.
Dra. Ana Lee (advogada) e voluntaria do projeto Raabe respondeu a toda pergunta e de uma maneira direta e com muita simpatia esclareceu pontos, onde os ouvintes ficaram a vontade para perguntar. Quando elas chegam à delegacia da Mulher, ela já esgotou todos os recursos, e a única maneira de salvar-se é denunciando, pois em toda agressão há casos de morte.
No projeto Raabe uma vez que essas mulheres se aproximam, deixam de serem vitimas para serem sobreviventes, pois no grupo o único objetivo é ajuda-las, cuida o lado físico e o emocional, e as acolhem para que se sintam livres.
Raabe e Você/Capítulo 7
Hérois de Guerra
O pior mecanismo de autodefesa é assumir uma culpa que você não tem; desencadeia pena. Temos a nossa melhor aliada: nós mesmas. Se nós estamos em paz com nossa consciência, enfrentamos o mundo, mas quando nossa melhor aliada é a primeira a nos apedrejar, cadê a força para vencer os outros?
Alguém lhe critica, humilha, decepciona, mas na sua mente você sabe que aquilo que a pessoa diz não é verdade…lembra que falamos da inteligência? Então, com a inteligência você raciocina, se arma de forças para repudiar o ataque e se levanta. Mas quando você é quem procura argumentos, justificativas e emoções para se autodestruir, não encontra essa força para lutar, pois se apoia em uma mentira.
Pela lei, um ato sexual, concretizado ou não, é considerado estupro se não for consensual. Houve concordância com o ato ou violência praticada? Não! Então tenha coragem de admitir o óbvio: você não pode se culpar pelo que ocorreu! Se pensa que assumindo a culpa e procurando esquecer faz um bem a si mesma, engana-se. Prova disso é que ainda não conseguiu vencer o problema.
Imagine dois extremos da sua mente: direito e esquerdo. Se os dois hemisférios do cérebro não estiverem em sintonia, o corpo físico entra em disfunção. Obviamente seu emocional vive em disfunção se metade de você procura se erguer e a outra metade se condena.
João trouxe uma grande revelação: porque se o coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas*. Hoje você se tornará um “herói de guerra”, usará de toda a sua coragem e se perdoará por aquilo que não fez. O que adianta todo o nosso esforço, o amor de Deus, o apoio dos homens, se você não se perdoar? *(1 Joao 3:20).
Fale com Raabe escrevendo para: raabevoce@yahoo.com
Maceió, um ponto de esperança contra a Violência Doméstica
A violência está em todas as partes, muitas mulheres buscam as delegacias para denunciar, já esgotaram os recursos mas não perderam a esperança de uma mudança. Neste cenário, o Projeto Raabe tem avançado, se posicionando como uma porta aberta. Em Maceió, Alagoas, mais uma dessas portas foi aberta para o resgate de mulheres que sofreram ou ainda sofrem a violência doméstica.
Nas ruas, o grupo fala do projeto, que tem tido grande aceitação entre as convidadas. A cada encontro, há uma novidade para animá-las e encorajá-las a ir adiante. As queixas são muitas. Uma das maiores fraquezas é a bebida, que distorce as palavras e leva os agressores a ofendê-las de maneira vulgar. Muitas vezes as palavras doem mais do que socos, causando agressão moral.
Mônica Vaz, responsável pelo braço do Projeto Raabe em Maceió, afirma: “Ainda somos poucas, mas a vontade de ajuda-las é grande. Estamos prontas para orientar, tirar dúvidas e combater a violência, seja física, psicológica ou moral. O grupo está unido com o objetivo de ajudar na transformação dessas vidas”.
Combatendo a violência, o Projeto continua a se estender pelo Brasil, se espalhando como pontos de luz, trazendo nova esperança às mulheres que vivem na escuridão da violência doméstica.
Raabe e Você/Capítulo 5
A Batata Quente ou Será o Bode?
Se você tem uma situação que não sabe como resolver, o que faz? Passa a batata quente para outro, ou procura um bode expiatório para justificar o problema. Parece familiar? Não? Mas é assim que a sociedade e nós, seres humanos, agimos.
Qualquer forma de abuso é um assunto polêmico e de dimensões gigantescas. Por mais que se tente resolver, prevenir, conscientizar, os resultados são mínimos. Logo, o que fazer? Dar nomes ao bode expiatório!
Quantas vezes você ouve comentários ou perguntas do tipo: “O que você estava fazendo naquele lugar àquela hora?” “Vê se isso é roupa que se use!” “Ah, você com certeza se insinuou para ele.” “Tinha que ter respondido ao seu marido quando ele estava bêbado?” “Você também, fica conversando com estranhos na rua!” E aí, você que foi abusada, automaticamente se cala, porque teme ouvir mais uma vez algo parecido; prefere então escutar a própria voz, que vem carregada de medo, melancolia, vergonha, dor e culpa.
Lá dentro, essa voz fica falando: eu devo ter feito algo errado mesmo para merecer o que aconteceu. Melhor será carregar calada essa culpa – eu já perdi mesmo o valor – do que ter que ouvir outros me acusando.
Assumir a culpa nada mais é do que um mecanismo de autodefesa: se eu me acusar, quando alguém mais o fizer não vai doer tanto. Porém, amiga, me responda com sinceridade: qual é a culpa que tem uma criança abusada dentro do conforto de seu próprio lar por alguém que, até então, lhe foi introduzido como família?
Se você não pode culpar aquela criança, por que então tem se culpado? O problema em questão não é a sua pessoa, mas o abuso. É preciso coragem para assumir a culpa por algo que não se fez, mas semana que vem vou rasgar o verbo sobre um ato de maior coragem: ver os fatos como são. Encontro você aqui.
Fale Comigo: raabevoce@yahoo.com
Projeto Chega em Campo Grande/MS
Rompe-se o silêncio na cidade de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul e começa o Projeto Raabe.
Cíntia Ferraz e sua equipe recebem mulheres que sofrem violência domestica e apresenta essa novidade como forma de ajuda e orientação, buscando resgatar a dignidade e levar aos lares uma esperança de mudança.
Dia 22 de Julho à tarde as Raabes participaram com um chá, marcando a abertura de mais uma porta para cuidar das mulheres que sofrem violência domestica. Por medo e vergonha elas se fecham, muitas entram em depressão, esquece-se de si mesmas e passam a viver guardadas em seu próprio silêncio. O Projeto Raabe empresta os ouvidos, oferece palestras onde são tratados os temas por profissionais e uma palavra de fé é dirigida para alimentá-las espiritualmente.
Na oportunidade, a tenente Natali Rocha realizou uma palestra, orientando as mulheres sobre a violência doméstica e os direitos assegurados pela lei Maria da Penha.
Cerca de 100 mulheres participaram e entre elas havia uma “sobrevivente”, a Sra. Divina. Ela foi vítima de violência doméstica por 45 anos e relatou que sofreu todo esse tempo porque não teve coragem de denunciar seu marido. Após a morte do agressor, Sra. Divina conheceu seu atual esposo, Sr. Silvio, um homem que a ama e, principalmente, a respeita.
Houve um momento de descontração com um sorteio de brindes e a distribuição do livro A mulher V. Ao fim do encontro, foi servido um delicioso chá da tarde para as convidadas.
Tudo tem contribuído a preencher o vazio, e quando gritos vazios não solucionam, entra na vida dessas mulheres o Projeto Raabe, com uma nova forma de romper o silêncio e acabar com as agressões.
Raabe e Você/Capítulo 4
O Espelho
E então, você conseguiu ver sua beleza?
Esse foi um exercício muito difícil para mim, pois não me achava bonita e isso me trazia uma apatia por me arrumar. Usava peças bem básicas, cores neutras. Para mim, não havia roupa que pudesse me ajudar. De mais a mais, para que me arrumar, chamar a atenção das pessoas para minha aparência? Para ser abusada por outros?
Admirava mulheres elegantes, cores vibrantes, mas aquilo não era para mim. Tinha que buscar valor de outra forma. Então me entregava completamente aos estudos. Era a primeira da classe. Ninguém podia imaginar o que eu passava, pois camuflava fazendo mais, fazendo o melhor.
O espelho era meu inimigo, como tem sido para você; mas buscar a perfeição no que fazia isso sim me consolava. Tinha uma necessidade de me exceder em tudo, provar que podia que não havia nada difícil que não aprendesse ou fizesse. Apesar dos elogios e das medalhas, ainda me sentia sem valor.
Era fechada e esperava muito pouco das pessoas para evitar decepção; achava que se merecesse um bom dia, já era muito. Eu tinha que me superar em tudo para me qualificar diante das minhas colegas. Se eu fosse a competente, despertaria algum interesse das demais e pelo menos me respeitariam.
Enquanto isso, em casa, sofria; e o medo de falar algo e desapontar meus familiares me consumia. Era filha de mãe solteira e achava que viva ali pela misericórdia deles. Tinha que manter a aparência, tinha que sufocar a minha dor.
Conte Comigo,
Meu contato: raabevoce@yahoo.com
Resgate no Largo da Concórdia
Uma manhã brilhante, no dia 14 de Julho, e cheia de luz, os grupos Raabe e Ester saem a convidar mulheres que sofreram ou sofrem violência doméstica.
O largo é um lugar de muito movimento, um comércio bem extenso e muitas pessoas param para descansar e apreciar o evento no Largo da Concórdia.
Todas com rosas nas mãos e a lei Maria da Penha, onde a curiosidade começou desde que saíram da Av. Celso Garcia. Aproveitando a caminhada, foram observando os olhares e logo chegando começaram a conversar e apresentar o projeto Raabe.
A expectativa era grande e não foi diferente, pois muitas se identificaram que estão sofrendo vários tipos de agressão. Uma não conteve as lágrimas e chegou a desabafar e até dizer: “Precisava que alguém me ouvisse”.
Cada 5 minutos, já está comprovado pela mídia, mulheres sofrem violência dentro de casa e uma observação feita pela d. Lilian do grupo Ester: Em quase uma hora eu conversei com cinco mulheres e todas estão passando essa dificuldade.
O projeto vai avançando, pois sair nas ruas e praças, uma vez ao mês, já se tornou um evento para o grupo; com seriedade todas têm cuidado das convidadas que chegam por primeira vez e acolhido tanto no lado psicológico quanto emocional.
Raabe e Você/Capítulo 3
Eu Admiro…
Espero que você não tenha desanimado de ler as nossas postagens por pensar que não estou em sintonia com a realidade ao falar que você é linda.
Você deve ter pensado: “ela não me conhece, por isso fala assim”. Você esta certa; eu não lhe conheço ainda, mas me conheço e a outras tantas amigas que passaram pela mesma situação. E vi em cada uma delas uma beleza indescritível. Contudo, de nada adianta eu ver sua beleza, mas você não enxergar ou aceitá-la.
Esta semana quero lhe ajudar a descobrir a sua beleza. Eu quero que você pense em três partes do seu corpo que você aprecia. Não olhe o conjunto, procure somente três, isoladamente: talvez os seus olhos, talvez as suas mãos, seu cabelo, sua voz, unhas perfeitas. Comece a contemplar essas três partes.
Eu vou lhe dizer uma parte que mais me chama atenção em você: sua inteligência. Apesar de tudo o que aconteceu, das consequência, das marcas, da dor, a sua inteligência não se rendeu.
Você tem discernimento do que é bom e ruim, bonito e feio, agradável e desagradável. E através da sua inteligência, você vai aprender a reconhecer a sua beleza e o seu potencial – é o motivo de eu admirar isso em você e em todas aquelas que um dia sofreram abuso.
Podem lhe roubar a dignidade, a autoconfiança, o valor que se dá à vida, os sonhos, o futuro mas não podem lhe roubar a inteligência. E através dela você sabe que existe o amanhã; através da sua inteligência você poderá construir uma vida melhor; através da sua inteligência você vai ter coragem para desafiar o impossível. Através da sua inteligência, você vai aprender a se amar e se valorizar.
E é justamente isso que eu quero que você pratique esta semana. Viu que sempre existe algo bom em cada uma de nós? Ah, não esqueci das três partes do seu corpo… divida comigo o que você selecionou.
Contato: raabevoce@yahoo.com
Projeto Raabe/Goiás em Ação
Todos os meses nós realizamos eventos para aproximar mulheres que, por algum motivo, foram excluídas da sociedade e precisam de ajuda para continuar na caminhada da vida, deixando para trás marcas da violência.
Em Junho foi realizado um evento em um bairro aqui na capital de Goiás. A expectativa era de encontrar muitas mulheres que precisassem de ajuda, e o resultado não foi diferente do que esperávamos.
No começo elas se intimidam em falar sobre o assunto: a violência doméstica. Com delicadeza, porém ousadas, olhamos nos olhos delas e mostramos que estamos ali para ajudá-las, e que não somos mais um a fazer um interrogatório sobre o seu passado; mostramos que somos diferentes e que podem confiar em nós.
Teve um caso em que duas mulheres amigas procuraram o projeto, e diziam que era para uma vizinha delas, a qual sofria muito com as agressões do marido, porém não sabia como agir. Nós as orientamos quanto à violência, mas quando falei de um Deus que faz tudo novo e que apaga o passado, escrevendo uma nova história, foi inevitável que uma delas não começasse a chorar. As lágrimas escorreram no rosto dela, revelando quanto sofrimento e mágoa estavam ali, camuflados atrás de um pedido de ajuda para uma vizinha, um pedido de socorro.
Queremos ajudar essas mulheres a romperem o silêncio, diz Andréa (Responsável do Projeto Raabe em Goiás) e para isso estamos indo ao encontro delas, concedendo sabedoria e revelando perfeita vontade de Deus para esse projeto. Primeiramente, antes de qualquer decisão, ensinamos a justiça de Deus, esclarecendo os seus direitos, mas também buscando meios da lei de proteção no caso a agressão.
Sexta-feira, 22 de junho de 2012
Parlamentar recebe grupo do Projeto Raabe
Na manhã da última terça-feira, 19/6, Gilmaci Santos, líder do PRB na Assembleia Legislativa de São Paulo, recebeu em seu gabinete representantes do projeto Raabe, criado por mulheres que querem abraçar a causa de outras mulheres que tem sofrido agressão física, moral, psicológica, sexual, patrimonial, recebido ameaças, sentido medo e que precisam de orientação.
O parlamentar parabenizou o trabalho do grupo e se colocou à disposição de todas. “Muitas mulheres tem sofrido caladas e para estas é fundamental encontrar em outra pessoa um ombro amigo”, disse o parlamentar que também se lembrou de dados do Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, onde consta que o ambiente doméstico é cerca de três vezes mais perigoso para as mulheres do que para os homens.
A compilação mostrou que quatro em cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. No mês passado, o projeto Raabe visitou a Casa Eliana Grammont, um centro de referência que atende vítimas de violência de vários segmentos. O deputado também destacou que a mulher não pode se calar. “É fundamental que ao se sentir ameaçada, a mulher recorra à Central de Atendimento à Mulher, ligando para o número 180, serviço que atende queixas de violência doméstica contra a mulher”, disse.
Raabe e Você/Capítulo 2
Você é linda!
Semana passada eu contei um pouco do que aconteceu comigo quando tinha 13 anos de idade. Apesar de ser jovem, e dos profissionais da área dizerem que a recuperação de uma criança émuito mais rápida do que a de uma vitima em idade adulta, as marcas deixadas foram difíceis de esquecer.
Há os que dizem que essas marcas nunca saem, porém eu posso dizer que você encontrará forças para superá-las. Eu encontrei! Mas vamos caminhando passo a passo nessa jornada; não quero lhe fazer entender em uma semana o que me levou anos. Hoje queria falar sobre a primeira sensação que você tem, e talvez a mais duradoura: você se sente suja.
Parece um pouco rude, mas é exatamente isso. Não há banho ¾ ou lágrimas ¾ que tirem o nojo que você sente de si própria e a autor rejeição enorme que começa a crescer a partir daí.
Emocionalmente, você se sente humilhada e rebaixada – é como se tivesse perdido o valor. Vale a pena continuar vivendo assim? Costumo dizer que há uma marca no calendário; a partir daquele dia você não viveu mais, tem sido carregada pela vida. Você se sente feia, inadequada, frustrada e se proíbe de sonhar.
Quando tem coragem de se olhar no espelho, despreza o que vê. Aí começa o processo de autodestruição. Mas pare para pensar comigo: você é a mesma pessoa de antes do abuso. Não estou me referindo ao exterior, às marcas que você carrega, mas ao que está dentro de você.
Eu, hoje Raabe, sou a mesma menina que eu era antes de tudo ter acontecido. Eu tenho a mesmaalegria, carinho e beleza que tinha antes, porque o que aconteceu não foi escolha minha.
Ninguém escolhe ser molestado e brutalizado. Ora, então pare de se ver feia e desprezível: lá no fundo você é a mesma pessoa maravilhosa, cheia de vida, planos e sonhos que um dia teve. As circunstâncias lhe fizeram mudar, se fechar, se autodestruir, porém eu quero que esta semana você venha resgatar aquela criaturinha linda que vive dentro de você.
Permita-se pensar só por um pouquinho na menina/moça/mulher maravilhosa que vivia dentro de você. Ela ainda esta aí!
Estou a sua disposição.
Meu Contato: raabevoce@yahoo.com
Raabe e Você
QUEM SOU EU?